Nasceu em 19 de março de 1534 em Tenerife, Ilhas Canárias, Espanha. Em 1551 ingressou na Companhia de Jesus, em Portugal e dois anos depois embarcou com destino ao Brasil
Chegou muito jovem à Terra de Santa Cruz. Saiu de Portugal em 1553. Tudo na vida de José de Anchieta foi precoce. Deixou a família para estudar Letras e Filosofia em Coimbra aos 14 anos, ingressou na Companhia de Jesus aos 17.
Aos 19 anos estava atravessando o oceano para evangelizar em um continente ainda em descoberta. Os desafios, os medos, as incertezas que deviam habitar o coração deste missionário.
Foi neste coração que nasceu a missão de Anchieta. José de Anchieta não foi movido por um espírito de aventura, mas sim por um espírito disponível para a missão, um espírito que buscou e encontrou a vontade de Deus para sua vida.
José de Anchieta empregou toda sua criatividade para evangelizar. Não tinha formação em Teologia, mas por meio da arte e da literatura levou a Boa Nova aos seus destinatários. Aprendeu o tupi para se comunicar com os índios. Escreveu belíssimos poemas e autos da vida de Cristo.
Para os indígenas que habitavam o Brasil, ele não foi apenas instrumento de evangelização, mas deixou-se conformar com estas pessoas. Não agiu para elas, mas com elas.
Ele foi ao encontro das pessoas, fundou colégios, cidades, era um peregrino, assim como o fundador dos jesuítas, Santo Inácio de Loyola. A vocação de José de Anchieta foi amadurecendo à medida em que ele vivia experiências profundas, humanas e espirituais. Teve como Projeto de Vida o serviço, a vida missionária.
São José de Anchieta morreu aos 63 anos, mas sua vida, apesar de tão breve, foi um testemunho de doação.