Somos criaturas de Deus, e para nos entendermos temos que nos identificar com as oportunidades que nos são oferecidas pela justiça Divina, sabendo exatamente como usar os meios que a natureza criadora nos oferece.
O grande volume de conhecimento e observação que temos e fazemos, entre as pessoas com as quais convivemos nos coloca em dúvidas quanto às decisões que precisamos tomar no direcionamento de nossa vida, nos deixando atordoados e confusos, causando desanimo e inércia em volume bem acentuado.
Com nossa autoestima, procuramos nos isolar e impedir que nosso interior seja descoberto por alguém, mesmo que o objetivo seja o de nos aprimorarmos mais. Porém; aquilo que aparentemente escondemos, tem uma imagem e peso muito grande na formação de nossa experiência, o que nos impede de termos uma visão mais ampla e perfeita do nosso real direcionamento para uma vida bem dimensionada no campo espiritual.
Quando buscamos ajuda ou preparo para vivermos em condições melhores, não analisamos o que realmente somos, simplesmente queremos trocar uma situação por outra, sem nos certificarmos das implicações e mudanças que absolutamente não poderão ser dispensadas, inclusive nossa nova identificação em outro clima, com visões completamente diferenciadas das que tivemos até este momento.
Não poderemos formar novos conceitos e adotarmos outras atitudes, sem antes diluirmos aquilo que temos em nossos sentimentos, resolvendo de forma benevolente e justa, sem deixarmos rastros ou empecilhos para outras criaturas, estabelecendo todos os entendimentos racionalmente possíveis, tendo em vista que o novo estado ou clima que estamos formando nunca será uma troca, e sim; uma ampliação e complementação de tudo o que construímos efetivamente até o presente momento.
Para substituirmos uma situação de sofrimento ou depressões, não poderemos continuar vivenciando ou fixando em todos os momentos este estado de coisas, e sim buscando o entendimento justo para iniciarmos a substituição de nossos sentimentos e preocupações, não atribuindo as responsabilidades para outras pessoas, pois; em nosso interior nada poderá penetrar sem nosso consentimento ou acolhida.
As coisas ou fatos externos somente nos incomodam, por julgarmos que os mesmos estão acontecendo exclusivamente para nos importunar ou provocar nosso desequilíbrio.
Quando temos um problema, achamos que todos ao nosso redor devem nos compreender e viver compartilhando conosco, más, deveríamos ter a certeza que o nosso interior é somente nosso, e para alguém conseguir intrometer-se ou ajudar precisaria usar uma visão que o mundo de nossos dias atuais está muito longe de tê-la, a claridade produzida por uma condição de grande amplitude e desenvolvimento espiritual.
Não podemos depender exclusivamente de um caminho religioso, teremos que usar o único caminho que existe, o despertar de todas as nossas faculdades, como ser criado por Deus, formando nossa experiência e nos enquadrando com igualdade e amor junto a todas as demais criaturas que compõem a Criação Divina.
A nossa caminhada de aperfeiçoamento é bastante longa, por esta razão, todas as nossas virtudes deverão funcionar em perfeita harmonia, para nos sentirmos sempre como parte integrante do grande conjunto da Criação.
Sabedores que somos filhos de Deus, vivemos buscando uma maneira de nos ajustarmos e para encontrarmos ou conhecermos nossas necessidades, temos que por deduções efetuarmos uma análise dos nossos sentimentos, nosso estado geral, tendências e hábitos e então nos identificamos com climas e situações semelhantes que descobrimos pesquisando através da história os elementos que nos prenderam a determinadas situações e costumes.
As disciplinas que embora pareçam justas para um modo de vida e costumes, muitas vezes dificultam a evolução natural das criaturas em sua vida neste mundo. Por representar somente uma das faces que devam ser cuidadas, excluindo-nos do contexto geral de nossas vidas.
Todas nossas ações devem ser simultâneas e acompanhar o contexto geral, não nos permitindo ficar presos em sentimentos e situações, como limitações e cuidados com problemas generalizados de nossos semelhantes.
Se não nos orientarmos precisamente neste sentido, acabaremos por nos assentar em situações muito diversas de nosso aperfeiçoamento espiritual e absorvendo os problemas dos nossos semelhantes como se fossem nossos.
O acompanhamento e direção que teremos que assegurar para todas as criaturas, deve sempre preceder aos cuidados e crescimento que dizem respeito ao nosso ser como criatura de Deus, igual a todas as demais e sem privilégios nem limitações.
Muitas necessidades que hoje possuímos, são resultados de vidas dedicadas a nossos semelhantes com atenção e esmero, porém, sem o mesmo cuidado para não abandonar nossa caminhada.
É assim, mesmo com toda a dedicação possível, criamos algumas deficiências de comportamento para todos e inclusive nos distanciamos do rumo a ser seguido por nós dentro da criação Divina.
Com este comportamento e uns tanto preocupados com nossa vida material para nossa subsistência, acabamos nos distanciando do preparo e condições de forma geral para o direcionamento no lado espiritual que deve sempre ser primordial.
Ao criar algumas disciplinas, os caminhos religiosos, se prenderam a princípios muito justos e necessários para a formação e orientação de seus missionários, deixando de observar que antes de sermos missionários, somos filhos de Deus, não podendo na caminhada para a perfeição, abandonar nossa responsabilidade dentro do caminho espiritual. Acontecendo inclusive situações de criaturas que passaram a se dedicar às tarefas missionárias para fugir de problemas e frustrações em sua vida como cidadão comum em nosso Mundo.
Ao alcançarmos um nível de evolução maior, e necessitar de passar para novas etapas, se não nos colocarmos com atenção para a nossa real situação, ficaremos impossibilitados em nossa ascensão, devido à pressão do grupo em que vivemos, o qual fará ou criará todos os questionamentos possíveis para não dispensar o companheiro, e manter sua estabilidade ou acomodação.
Porém se não houver um esforço maior, grandes grupos de criaturas ficarão presas em suas necessidades, e a espera de que os missionários ou a justiça Divina por intermédio destes, crie oportunidades ou forneça os elementos para despertar em todos o entendimento que promoverá a mudança normal e natural, dentro da vontade-livre de cada criatura.
Sair dos climas, compreensões e níveis de cada grupo ou comunidade, será praticamente impossível, sem antes sentirmos esta necessidade de mudança e passarmos em seguida a promove-la pelo uso da razão e demais faculdades integrantes de cada ser criado por Deus.
Não somos cópias uns de outros, temos a mesma identificação Divina como essência e faculdades, por esta razão, mesmo agindo em conjunto não poderemos desprezar ou dispensar nossa individualidade do ser criado por Deus.
Os ajustes a serem processados durante a nossa caminhada espiritual, não poderão misturar-se com todos os níveis de compreensão existentes, e, sim com o alcance de cada um destes níveis, sem desrespeito algum e com uma convivência pacifica entre todas as criaturas de Deus.
A ação conjunta de missionários, somente deverá ser dirigida para o despertar em cada criatura, sua necessidade de crescimento interior e não o simples acompanhamento e repetição de palavras e exemplos bíblicos ou evangélicos.
Nossa preparação, principalmente a missionária, jamais poderá admitir que qualquer atividade no campo espiritual deva nos proporcionar qualquer tipo de recompensa no campo social ou material. Em razão dos campos serem bastante distintos entre si, e dependerem de ações diferenciadas e apropriadas à experiência e formação de cada criatura.
Para vivermos melhor neste Mundo, temos que buscar sempre um equilíbrio e preparo mais condizente com nossa formação espiritual, sem permitir que quaisquer acontecimentos tirem nossa capacidade de entendimento e decisão mais direcionada.
Se nossa meta principal e única é para Deus, ou a perfeição espiritual, não podemos ignorar ou confundir, nossa vontade ainda incompleta com os ensinamentos que recebemos da fonte criadora.
A responsabilidade que temos para cumprir nossas metas de evolução e crescimento em direção à perfeição espiritual, não nos permite a mistura e conivência com quaisquer das crendices atualmente usadas ou divulgadas no Mundo. Em virtude de estarem distantes das reais necessidades de cada um, e não serem próprias como natureza Divina, para a nossa evolução na estrada da Criação.
A Catequese de Santo Tomás de Aquino ensina as coisas de Deus e conduz a Marcha da Criação, de forma racional e lógica, exposta com a mais absoluta clareza e inteligível a todas as Criaturas.
Segurando nas mãos da Justiça de Deus estaremos andando em conformidade com os verdadeiros princípios, que são descritos por Deus para toda a humanidade através dos ensinamentos que nos são passados.
Para que os espíritos se sintam justos, dentro do entendimento da Justiça Divina, é necessário que se dispam do egoísmo e vaidades da matéria e aprendam a querer para seus irmãos, o que almejam para si.
“Agir corretamente, de acordo com os ensinamentos de Deus”. Portanto, é dever de toda criatura buscar a Justiça de Deus em primeiro lugar, para exercer Justiça para com os semelhantes. Jesus deixou claro que os relacionamentos humanos devem ser regulados pelo amor que nasce do coração.
Ser justo é saber respeitar com compreensão, o livre arbítrio para a evolução de nossos irmãos; isso é praticar a Justiça no dia a dia, o qual nos recompensa nos relacionamentos sociais, profissionais, familiares e principalmente espirituais, porque Deus assim faz.
Autor: MG-Moyses Gubiotti
Co autora:
Aula Ago/2024