É MELHOR SE VITIMIZAR OU SER GRATO?
Por que somos como somos?
Você já se fez essa pergunta?
Já parou para pensar nas suas atitudes e em algum momento se fez essa pergunta?
E por parar para pensar nisso, conseguiu em algum momento fazer uma análise sobre a vida daqueles que lhe deram a vida?
Demora para termos a maturidade ideal para se fazer disposto a entender de fato como foi a vida deles.
Quando não temos maturidade o suficiente para entender certas coisas, nosso ego toma conta. E quando o ego toma conta, achamos que o mundo gira a nossa volta e que as pessoas são culpadas sobre tudo em nossas vidas, inclusive por sermos como somos.
É muito fácil culpar o outro. É muito fácil julgar o outro. É muito fácil apontar o dedo para o outro. Assumir os próprios erros e dificuldades, é a tarefa mais difícil. Nem todos querem assumir a culpa sozinhos, porque se mostrar vulnerável dói. Assumir que errou e que erra, dói.
Mas é importante que a dor aconteça. É importante tocar nessa ferida, para que ela de fato se feche. Para que ela se cure. E quando nos permitimos, é como se nós viéssemos ao mundo pela segunda vez, só que agora, com uma nova visão de mundo. Com o peso bem mais leve.
E por quê?
Por quê quando passamos a entender que não podemos mudar o outro, entendemos tudo.
Nada é. Tudo está.
E se nada é, tudo está, tem como transformar.
Então, vamos transformar. Não vamos esperar que o outro faça ou seja.
Façamos a nossa parte, começando pela gratidão.
Sendo grato pela nossa vida que foi concebida através dos nossos pais, honrando a vida deles e tudo que fizeram e fazem por nós.
Sendo grato pelo ar que respiramos, pelo nosso alimento, pelas nossas vestes, pela nossa casa, pela nossa família.
Que bom que conseguimos enxergar, que bom que conseguimos sentir o toque, o cheiro, o sabor dos alimentos, que bom que conseguimos andar, correr... gratidão.
Que bom que temos a nossa casa, para nos proteger do frio, que podemos ter aonde nos aconchegar com a nossa família.
Que possamos sempre ter esse olhar, o olhar da gratidão. Que possamos ver o outro como alguém que sente as mesmas coisas que a gente sente, mas sem julgamentos, porque cada um está num processo de evolução diferente do outro.
Os nossos pais podem ter errado com a gente em algum momento, mas com certeza, houve uma boa intenção e se não houve, não é problema nosso, porque o que vale é o que temos dentro do nosso coração. Se o que temos é o amor, este sempre prevalecerá.
Tem um pequeno texto que peguei de um livro e que faz total sentido com tudo que escrevi aqui:
Você é a Sua História?
Quem é você? Você é o seu nome, a sua história ou o seu corpo?
Identificado com isso que é passageiro, você está sempre girando no círculo do sofrimento. Você está sempre correndo, ou para fugir do sofrimento, ou para obter uma alegria passageira (o que é a mesma coisa). Você está sempre fazendo e sempre se sentindo insatisfeito. Mas quando se permite parar de correr, você experimenta a calma e o silêncio, você sente a fragrância da paz e da alegria sem motivo. E é somente nesse estado que as respostas para as questões mais profundas da existência surgem.
(Sri Prem Baba)
Ou seja, quando sentimos gratidão, conseguimos nos permitir sentir as coisas mais simples da vida, inclusive se sentir presente no momento presente e encontrar as respostas de muitas perguntas que ficaram em silêncio durante muito tempo.
Cada um tem a sua história, cada um tem a sua dificuldade, mas nós somos responsáveis pela nossa vida. Só nós temos o poder de transformar tudo que está aqui dentro de nós, dentro do nosso ser, pro melhor que possamos ser.
Que tenhamos sobre todos, o olhar de Deus, afinal, somos a Imagem e Semelhança do Criador.
Aula Jul/2021