Somos muito mais que um corpo que ocupa um lugar no espaço, uma pessoa que se movimenta e convive com outras que se assemelham em aparências e atitudes das mais variadas. A nossa identidade real não é a mesma, como as impressões digitais não se igualam em comparação com as demais pessoas, temos uma identificação diferenciada para cada um.

Todos os conhecimentos que buscamos para nos identificar no sentido e na formação de nossa essência, por mais iguais que pareçam ser, sempre encontraremos detalhes, sentimentos e condutas que nos diferenciam entre as demais criaturas com as quais convivemos neste mundo.  Embora tenhamos a mesma origem de formação Divina e Espiritual, na sequência de nossas ações e atitudes passamos a produzir elementos que muitas vezes nos colocam em estágios e situações diferenciadas das demais pessoas que convivem conosco, de tempos e épocas já vividas e evidenciadas junto às demais criaturas de Deus.

Por mais que procuramos estar no mesmo pé de igualdade com nossos contemporâneos, sempre encontraremos muitos detalhes que, se não conseguirmos aproximação fatalmente nos colocaremos em confronto com as demais criaturas. 

 Nestas situações é que teremos que buscar nos princípios da criação, meios de conciliar e aproximar o entendimento de todos para que se formem convivências pacificas e equilibradas entre todos os seres formados com inteligência e que atualmente vivem neste mundo.

Muitas situações e imposições formaram-se em épocas anteriores junto às criaturas viventes, alterando suas necessidades e criando toda uma serie de dificuldades as quais parecem intransponíveis, por terem formado caminhos com direcionamento muito diversos daqueles que representam perfeitamente o enquadramento mais original e correto para a natureza das criaturas de Deus, essencialmente espiritual junto ao eterno e Divino.

A insegurança ou medo do desconhecido deveria formar em nossos desejos a iniciação de uma fé mais direcionada, com razão e lógica capaz de encontrarmos uma abertura mais completa para dirigir nossa caminhada à perfeição espiritual.  

Precisamos nos libertar das crendices e idolatrias que de alguma forma nos impomos para reconduzir muitas situações que nos acomodam e nos tornam pedintes ou incapazes, aflorando-se e conflitando com todas as nossas faculdades e virtudes que possuímos por termos origem Divina.

Somos perfeitamente possuidores de todos os meios que precisamos para gerir e direcionar nossa vontade para a conquista de climas e ambientes mais adequados, dentro da paz que sempre procuramos.  

Nossa marcha é para Deus ou para a perfeição espiritual, portando; temos que voltar toda a nossa atenção para o interior de nossa formação espiritual e conferir a natureza de cada sentimento que possuímos e que surgem e que não são próprios e dignos da origem Divina que nos formou.      

E após identificarmos os sentimentos e as necessidades que criamos, aclamamos para todos que nos rodeiam que desejamos viver em Paz e até aclamamos em voz alta, Pai quero ter Paz! E como fazemos para viver nessa Paz?

Buscando os motivos e entendimentos com relação a nossa vida neste mundo, muitas coisas e situações ainda não estão ao nosso alcance, por valorizarmos demasiadamente os sentimentos próprios da fase em que estamos vivendo, e deixamos de verificar o conjunto de experiências e vivencias de nossas conquistas anteriores.

Os desânimos e depressões que geralmente sentimos, podem em alguns casos serem amenizados com os subterfúgios, passeios, distrações ou trabalho em excesso, e ainda com remédios e tratamentos psicológicos.  Mas estas situações como dissemos são sempre temporárias e não nos levará a solução de nossa causa principal, que está no entendimento e superação deste clima pela nossa evolução e crescimento espiritual e interior.

Quantos pensamentos e ações que procuramos reprimir poderiam se tornar públicos com a abertura de explanações e troca de ideias entre membros pertencentes a nossa comunidade, mesmo não identificados como sendo próprios e sem deixarem na sua formulação como coisas intransponíveis ou proibitivas.  Uma criatura mais esclarecida ou especializada neste assunto, que possa merecer nossa confiança neste momento, poderá nos aproximar da real solução que estamos em busca, 

Muitos sofrimentos poderiam ser evitados se cuidássemos mais de nossa real intimidade ou formação espiritual, evitando guardar sentimentos e preconceitos totalmente alheios ou impróprios para a nossa real caminhada, para o nosso aperfeiçoamento espiritual e a paz junto a todos os componentes de nossa comunidade, família, cidade e país.

Nossa disposição e valorização da vida representam à garra e incentivo que necessitamos para conhecer e enfrentar qualquer situação, que por razões não conhecidas possam interferir ou tentar impedir nosso crescimento e aperfeiçoamento espiritual.   Ao eliminarmos a repressão que fazemos a nós mesmos, teremos um foco direcional mais amplo e completo, além de proporcionarmos aos nossos parceiros à mesma grandeza de visão e oportunidade de entendimento.

A caminhada espiritual própria de cada criatura de Deus, esta em muitos casos sendo impedida por medo, incertezas e incompreensões quanto a punições que possam advir por parte do nosso Criador.   Deixamos de nos valorizar como seres completos e com todas as faculdades e virtudes de origem Divina, para nos situar diante de carrascos e fantasmas que criamos ao longo de nossa vida e de nossos antecessores neste Mundo.  Não somos atores ou figurantes na vida que nos foi dada por Deus, somos sempre autores e seremos com certeza capazes de chegar ao lugar que pertence a cada criatura formada pela grandeza e perfeição de nosso Deus e Criador.

Ao observarmos nossas tendências naturais, chegamos à conclusão de que na maioria das vezes não damos a devida importância as coisas e sentimentos que podem nos aproximar da intimidade ou formação de cada um, e por desta razão nos sentimos longe da tão sonhada paz e impossibilitados de nos conhecer como criaturas sensíveis e com atribuições muito próximas do contexto Divino desta humanidade interminável que formam todos os tempos as situações de amor fraterno em todas as conquistas de origem universal , eterna e simples.   

        E como podemos ser simples? Ser simples não significa sermos incompletos, e sim, podermos avaliar, agir e aplicar todos os outros elementos e qualidades que possuímos advindas da formação Divina, que nunca poderiam ser desprezados a um plano inferior, nem abandonadas por serem parte integrante da essência que nos formou.

Somos completos, temos todas as faculdades e virtudes próprias e perfeitas para usarmos e termos uma caminhada sem tropeços, pois não deveríamos juntar as nossas atividades ou ações a qualquer elemento que mesmo temporariamente pudesse desviar nosso rumo ou afastamento com relação aos nossos irmãos e semelhantes integrantes da Grande Família da Criação Divina.

Toda evolução e progresso conquistado por nós neste Mundo, e em todas as épocas apesar de representarem um grande avanço, pouco significa em relação a nossa participação na formação espiritual e interior, em virtude de havermos esquecido de buscar um acompanhamento mais justo e equilibrado no sentido da simplicidade, desviando-se e criando novos conceitos com distanciamento junto aos princípios da Criação no sentido universal.

Os conhecimentos e conceitos que formamos e seguimos nos levaram a um emaranhado de crenças e situações que em muitos casos, criarão o desentendimento e o direcionamento aos mais diversos e variados desvios, mas se temos um só Deus, também será mais acertado e justo que tenhamos somente um caminho.  

Somente percebemos que estamos desequilibrados e fora do caminho quando os problemas e as situações nos causam dor, inquietações e males que nos impedem de viver e que tiram o nosso sopro de vida, por meio de situações e climas aparentemente mais vantajosas, buscando sempre uma forma de nos livrar dos males sem termos que dispor de nosso tempo e dedicação a tarefa, nos distanciando da nossa formação e da vivencia de nossa experiência e evolução espiritual que viemos para conquistar.

Buscar a forma de sermos realmente simples e não agregarmos elementos algum que nos possa confundir ou complicar nossa vida deverão ser o objetivo constante em nossa aproximação e entendimento junto ao nosso Deus e Criador.

Devemos nos preparar para o novo clima espiritual, O clima da Natividade, do Amor Fraternal e Universal.

Quando nos familiarizamos com as coisas da criação e formamos o clima necessário para o bom andamento de nossa marcha espiritual, poderemos sentir e perceber todos os detalhes que possuímos, bem como; cada oportunidade que nosso Deus nos dá.

Para termos uma vida mais aberta e em paz, precisamos sempre saber respeitar o alcance de cada ser humano neste mundo, e nunca ficarmos em duvida quanto ao que merecemos ou não, pois; temos todas as faculdades e elementos necessários para um direcionamento perfeito e completo.

Ana Lucia R. Zandarim

Aula Mar/2022